sábado, 27 de setembro de 2008

O Que Você Quer Ser Quando Crescer?

Quando criança... eu passeava com minha tia... e ao encontrar uma daquelas senhorinhas que adoraram fazer perguntas a crianças... surgiu essa pérola... “Nossa como ela cresceu. Está tão bonita. Então Andréa, o que você quer ser quando crescer?”... e como eu nunca fui fácil... rapidamente dei a célebre resposta... “Oras, quero ser gente grande né!”... claro que esta resposta foi acompanhada de muita ênfase... e uma postura estilo “xícara” com as mãozinhas na cintura... formando pequenas asas...

Pronto! Agora que cresci fico me perguntando... além de gente grande será que não posso ser outra coisa? Final de segundo grau... você acha que já é adulta... e surge a pressão... temos que ter uma profissão... sem muitas dificuldades e com uma ajuda do destino... escolhi a minha... farmacêutica... mas eu sempre gostei de mais coisas do que apenas a área de saúde... mas os padrões sociais não vêem com bons olhos pessoas com mais de uma profissão... principalmente se forem de áreas diferentes...

De farmacêutica formada há quase dez anos... resolvi cursar jornalismo... e desde o primeiro dia de aula o que mais ouço é... “Nossa que diferença!”... “Uma coisa não tem nada a ver com a outra!”... e daí?... a diferença que me atrai...

Acho o cúmulo da mediocridade termos que ser apenas uma coisa a vida toda... se tenho inteligência e disposição para ser mais de uma... por que não?... imagina se todos tivéssemos que ser apenas uma... nunca seríamos nada mais do que apenas... gente grande!

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Bonzinho Mesmo é o Bin Laden!

Existem pessoas que possuem o prazer de criticar outras... apenas por criticar mesmo... sem motivos... sem argumentos... sem qualquer cabimento...

Quando contestamos atitudes... ações... ou gestos... temos obviamente um motivo... uma razão para isso... e é nesse momento que nos tornamos alvo dos frustrados... dos críticos profissionais... das pessoas que não possuem idéias próprias... e querem apenas perturbar nossas vidas...

É comum que pessoas inteligentes... contestadoras... com espírito revolucionário... reclamem da mesmice... da falta de criatividade... da pouca capacidade produtiva dos outros... isso é um direito... direito este defendido até pela Constituição... mas sempre existe alguém que não fica contente por outra pessoa ter tido a coragem... a idéia... a iniciativa de se manifestar... e acaba metendo a boca... sem base alguma... dizendo que aquela pessoa é encrenqueira...

Sabe de uma coisa? Bonzinho mesmo é o Bin Laden!

É verdade... o cara não reclama... não fala de ninguém... não protesta... o Bin simplesmente vai lá e BUM... explode tudo... joga tudo pelos ares... transforma tudo em poeira... ele é o cara...

Não precisa de motivos... não precisa de histórias... não precisa de justificativas... ele não gostou... explode!... simples assim...

Muito melhor... não há desgastes... não há defesas de teses... não há argumentações... BUM... BUM... BUM... sem protestos... sem chateações... sem lamentações... creio que o Sr. Bin Laden deve pensar assim... “para que criticar se posso explodir”... a visão do ocidente... a eficiência que nos falta!

Paro e penso... se eu sou a ruim porque falo demais... então o bom é o Bin que não fala nada... ah tá... falar para quê... se posso destruir... o nosso velho conhecido Mike... é... o Mike Tyson... também é adepto da filosofia de Bin... só que ao invés de usar bombas para explodir prédios e aviões... ele prefere usar os próprios punhos para desfigurar a cara de alguém...

Se contestar não é permitido... falar é quase um crime... e explodir é complicado demais... acho que tornar-me-ei adepta do desenho... já que não conseguem entender vamos desenhar para tentar explicar!

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

O Cabra Macho

Nunca esquecerei aquele 8 de março. Foi um dia daqueles, que nem deveria ter saído da minha cama.

Quando entrei no ônibus e vi aquele cartaz colado bem atrás do banco do motorista fiquei indignado, e no caso bem atrás do meu banco, já que era eu o motorista daquele ônibus.

O cartaz dizia “Ninguém nasce mulher, torna-se”. Eu nasci cabra macho e vou morrer cabra macho. O que o povo da Bahia pensaria de mim se visse aquele cartaz colado bem nas minhas costas?

Estava um “fuzuê” danado, cada um que entrava tinha uma visão diferente daquela frase. O pessoal de um jornal estava lá perguntando a opinião dos passageiros, até a minha vieram perguntar.

E para piorar entrou uns engraçadinhos que ficaram gozando da minha cara, minha vontade era colocar todos para fora, mas eu seria despedido. A empresa era rígida com a nossa conduta.
Maldito dia. Não acabava. Nunca houve tanta falação dentro daquele ônibus. Eu não agüentava mais, achava que minha cabeça ia explodir.

E hoje, quase um ano depois, véspera do dia 8 de março, estamos todos apreensivos em imaginar qual será a homenagem que a empresa fará esse ano para as mulheres. Deus queira que não seja para usarmos um uniforme rosa, porque eu não teria outra escolha a não ser pedir as minhas contas. Seria muita humilhação para um cabra macho como eu.